O hipertexto - uma ferramenta cultural interativa


       Imagine que estejamos imbuídos no propósito de realizar uma pesquisa sobre um determinado assunto. Pensou naquela mesa cercada de inúmeras referências bibliográficas, nas quais as informações parecem ser cada uma mais importante que a outra?
       Agora se imagine em frente ao computador realizando o mesmo procedimento... Mas afinal, será que o objetivo pretendido mediante tal comparação é o de valorizar a pesquisa on line e desmerecer outras fontes? De forma alguma, estas continuam evidenciadas por sua considerável eficácia, por mais que os avanços tecnológicos ocupem lugar de destaque.
       O que realmente se propõe é ressaltar como estes avanços vêm influenciando no cotidiano das pessoas, ora denotando um caráter positivo, ora negativo. E, por assim dizer, no que tange à aquisição de conhecimentos, os recursos proporcionados pela multimídia parecem promover uma efetiva interação entre o discurso e seus respectivos interlocutores, podendo estes compartilhar-se de sons, imagens, vídeos, dentre outros benefícios.
      Outro aspecto que também tende a se mostrar como positivo é o fato de que o interlocutor pode compartilhar com inúmeras informações ao mesmo tempo apenas utilizando-se dos aplicativos fornecidos pelo próprio computador. Trata-se de uma leitura, digamos assim, não linear, posto a disponibilidade de conceitos reunidos em um só “ambiente”, sem grandes esforços para o usuário.
      Em termos didáticos, o hipertexto funciona como aliado nessa incessante busca que o aluno tem por informações rápidas e precisas. O hipertexto, como ferramenta de ensino e aprendizagem, propicia a descoberta pelo conhecimento de forma interativa, fazendo com que os interlocutores, ao mesmo tempo em que se propõem a concretizar seus objetivos com a aquisição de informações, insiram-se também no mundo digital, com vistas a acompanhar o processo evolutivo da sociedade.

Prosódia


valido/ válido

Vivido /Vívido
     A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta.
     Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:

1) oxítonas:
cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.

2) paroxítonas:
avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico, rubrica, tulipa.

3) proparoxítonas:
aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago, antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro.

     Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta.
Exemplos:

acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo / Oceânia e Oceania / réptil e reptil / xerox e xérox e outras.

     Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:
Exemplos:

Ortoépia


     Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos.
     A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e a ligação de vocábulos dentro de contextos.
     Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia. Alguns exemplos:

a- pronunciar erradamente as vogais quanto ao timbre:
- pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta...

- pronúncia errada, timbre aberto (é, ó): omelete, alcova, crosta...

b- omitir fonemas: cantar/canta, trabalhar/trabalha, amor/amo, abóbora/abóbra, prostrar/prostar, reivindicar/revindicar...
c- acréscimo de fonemas: pneu/peneu, freada/freiada, bandeja/bandeija...
d- substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro.
e- troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/cardeneta, bicarbonato/bicabornato, muçulmano/ mulçumano.

f- nasalização de vogais: sobrancelha/sombrancelha, mendigo/mendingo, bugiganga/bungiganga ou buginganga

g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar "àas" cinco horas.

h- ligar as palavras na frase de forma incorreta:

correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas.

Exemplo de ligação incorreta: A/ aula iria/ acabar/ às/ cinco horas.

Figuras de Estilo ou Linguagem - Polissíndeto, Silepse e Sinestesia

19 - Polissíndeto - repetição de conjunções (síndetos).

Ex.: Estudou e casou e trabalhou e trabalhou...

20 - Silepse - concordância com a ideia, não com a forma.

Ex.: Os brasileiros (3ª pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados – Pessoa.

Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.) – Gênero.

Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente – Número.

21 - Sinestesia - mistura das sensações em uma única expressão.

Ex.: Aquele choro amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)

Figuras de Estilo ou Linguagem - Onomatopeia, Paradoxo, Personificação e Pleonasmo


15 - Onomatopeia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos.

Ex.: Psiu! Venha aqui!

16 - Paradoxo ou oxímoro - Aproximação de palavras ou ideias de sentido oposto em apenas uma figura.

Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos Drummond de Andrade)

17 - Personificação, prosopopeia ou animismo – atribuição de características humanas a seres inanimados, imaginários ou irracionais.

Ex.: A vida ensinou-me a ser humilde.

18 - Pleonasmo ou redundância - repetição da mesma ideia com objetivo de realce. A redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso expressivo, enriquecerá o texto:

Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.

    Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto, sendo considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo. Outros: subir para cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.

Figuras de Estilo ou Linguagem - Metáfora e Metonímia


   13 - Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O segundo termo é usado com o valor do primeiro.

Ex.: Aquela criança é (como) uma flor.

   14 - Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido.
    A metonímia pode ocorrer quando usamos:

a - o autor pela obraEx.: Nas horas vagas, lê Machado.  (a obra de Machado)

b - o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)

c - a causa pelo efeito e vice-versaEx.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.

d - o lugar pelo produto feito no lugarEx.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado

e - a parte pelo todoEx.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.

f - a matéria pelo objetoEx.: A porcelana chinesa é belíssima.
Porcelana é a matéria dos objetos

g - a marca pelo produtoEx.: - Gostaria de um pacote de Bom Bril por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.

h - concreto pelo abstrato e vice-versaEx.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)

Figuras de Estilo ou Linguagem - Elipse, Eufemismo, Hipérbole e Ironia


    9 - Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas.

Ex.: Marta trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.

   10 - Eufemismo - atenuação de algum fato ou expressão, com o objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante ou desagradável.

Ex.: Ele foi desta para melhor.  (evitando dizer: Ele morreu.)

   11 - Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo.

Ex.: Estou morrendo de cansada.

   12 - Ironia - forma intencional de dizer o contrário da ideia que se pretendia exprimir. O irônico é sarcástico ou depreciativo.

Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha casa foi assaltada.